domingo, fevereiro 13

Almas

Existem várias formas de existência. Existem várias formas de vida.
Mas acima de tudo, existem apenas duas coisas essenciais para uma vida: a alma e o coração.
Aprendemos desde cedo que o coração é sinónimo de vida. É ele que carrega aos ombros a função mais primária de todas. É a sua voz que nos diz que (ainda) vivemos. No entanto teimamos em defini-lo como o portador das nossas emoções, dos nossos sentimentos. E o pobre coração, que já arca com a difícil tarefa de nos manter vivos, gentilmente se responsabiliza pelos nossos desgostos e pelas nossas alegrias.
Por outro lado, nenhum corpo existe sem alma. Sem essência.
A alma é o abstracto de um corpo. Pode definir a sua personalidade, a sua forma de sentir e de tocar o mundo. Pode ate ser considerada a parte mais idílica dos seres. Ou então a maior mentira.
A alma completa a função do coração. E o coração justifica a existência da alma. Não existem um sem o outro, e ainda assim são opostos.
Se por um lado o coração é palpável, a alma é imaterial.
A alma é transparente e o coração é vermelho.
O coração é mortal e a alma é eterna.
O mundo é feito de metades. É feito de opostos. O Mundo é assim. E isso nunca vai mudar

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