terça-feira, maio 31

Alvim, O Grande.

Passei o fim de semana com o Alvim.
Sim, o Fernando Alvim -  locutor de rádio, (um dos) apresentador(es) do 5 para a Meia Noite, DJ, criativo e "maluco" de serviço, Fernando Alvim. 
À ultima da hora, inscrevi-me no Workshop "Alô Alô Dona Rosa", com algumas expectativas e pouquíssima preparação. 
Resultado: FOI BRUTAL, senhoras e senhores!!!
Verdade seja dita, 50% do tempo foi a palhaçada total, mas também é verdade que terminei com os tão desejados "3 quilos e meio de cultura" a mais.
O homem é fantástico, excelente naquilo que faz. 
Mais. Ele é apaixonado por aquilo que faz!
Pareceu me que para Fernando Alvim, nunca ninguém poderá superar o amor que tem pela rádio, a paixão que possui por esta "senhora", que faz dele um dos melhores "entertainers" do país.
E apesar disso, dessa paixão recíproca entre ele e a rádio, ele é muito mais que isso. Não é só um menino da rádio! É um criativo, um poço de ideias, uma esponja de influencias, um psicólogo. Cada palavra que ele diz, é uma injecção de adrenalina, um desafio a sermos os melhores, a fazermos melhor.
Vim para casa com o ego a bater palmas, e tal como ele disse que lhe disseram: "O maior projecto da minha vida? Sou eu!"

sexta-feira, maio 20

Bedroom Confessions III

"O amor 

(...)Apontem o máximo possível dos pormenores dos vossos sonhos, mal acordem e poucos minutos antes de sair de casa para comprar pão. Telefonem muitas vezes aos vossos pais. Vão ao cinema pelo menos uma vez por semana. Escrevam cartas aos mais próximos e aos mais distantes. Contem o vosso maior sonho à pessoa perto de vós que mais desesperada parecer estar. Talvez a inspire. O mundo, neste século, muda-se pessoa a pessoa. Uma de cada vez, numa lenta mas eficaz cadeia de afectos. Despeçam-se dos empregos onde reinar o cinismo. Se nada disto resultar, comecem de novo pelas vossas próprias regras. O amor-sobre o qual tantos artistas já escreveram, pintaram, compuseram, esculpiram, morreram, etc. - estará sempre disponível num sitio enigmático qualquer onde misteriosamente, os bilhetes já esgotaram mas ainda há lugares para VIP e para felizes contemplados com acesso aos bastidores. O importante é partir e fazer por merecê-lo. Acho."

Luís Filipe Borges (aka "Boinas") in  "A vida é só fumaça"
Um dos textos mais espectaculares de um dos livros que tenho na minha mesa de cabeceira. Tenho vários em lista de espera, diga-se. Sinto-me como o Marcelo Rebelo de Sousa!

terça-feira, maio 17

Smile like you mean it


- “Tchau Mami!” – Gritou Rose para dentro da casa de banho.
Desceu as escadas a correr, entrou na cozinha e roubou uma maçã da fruteira que estava em cima da mesa. Bateu a porta de casa e pegou na bicicleta.
Não tinha paciência para colocar o capacete, sentia-se patética com aquilo na cabeça. No entanto, se não pusesse pelo menos as protecções de joelhos a avó ia reclamar. Assim, com o ar mais resignado do mundo, lá enfiou as joelheiras enquanto Biscuit, o seu pequeno rafeiro, saltitava e ladrava esperançado por um passeio com a dona.
 Soltou o cão, que agradecido pelo passeio inesperado deu uma lambidela no rosto de Rose e correu pelo pátio a toda a velocidade.
Biscuit fazia parte da ultima recordação que  Rose tinha do pai.
 Tinham-no encontrado quase morto, dentro de um saco plástico na borda do riacho que passa perto da casa da avó.
 Nesse dia, Rose e o pai tinham ido passear pelo prado.
 Lembrava-se bem desse dia - do sol quente, da brisa que soprava baixa, junto à erva e as flores que  dançavam ao seu ritmo.
O pai ensinava-a a fazer colares de flores, quando ouviram um gemido baixo vindo da margem do rio.
Libertaram o cachorrinho do saco plástico e levaram-no para casa.
Rose decidiu chamar-lhe Biscuit. Porque no dia em que o  trouxeram para casa, a mãe estava a fazer bolachas. Porque ele era pequenino e parecia aquelas bolachas redondinhas que a avó lhe costumava dar em pequena. E porque ela gostava da maneira como o nome soava - Biscuit.
Todos os dias de manha a menina visitava a avó. E todos os dias, sem excepção, Rose ia até ao prado, onde o pai a havia ensinado a fazer colares de flores. Montou na bicicleta e pedalou devagar ao longo do passeio. O vento trazia o cheiro morno de Primavera, o cheiro a terra, a relva e a flores. Quando chegou à entrada da casa da avó, pousou a sua adorada bicicleta no alpendre e entrou sem bater seguida por Biscuit.
Olhou para o relógio de cuco na parede da cozinha que marcava as dez da manha. Encontrou a avó sentada à mesa a descascar batatas e cenouras para o almoço.
 - Bom dia Pardalito! – Rose sorriu. Era assim que a avó a tratava, desde sempre, como o seu “Pardalito”. Beijou a avó na face morena, sulcada pelas rugas e sentou-se à sua frente.
- Bom dia avó, não se preocupe com o pequeno-almoço. Já comi e estou com pressa, só passei cá para lhe dar um beijinho!- Não adiantava falar . Era completamente impossível sair daquela casa sem comer, fosse quem fosse. A velha senhora levantou-se devagar e foi até ao antigo frigorífico buscar um pacote de leite para preparar o pequeno-almoço de Rose.
 - Bebe ao menos um copo de leite. Não te vai furar a barriga Rose – contestou a avó com um sorriso persuasivo.
Divertida, Rose foi ao armário e tirou um copo americano, com uma publicidade do pai natal da coca-cola. Verteu o leite frio para o copo, e bebeu com satisfação. Pousou-o vazio em cima da mesa e sorriu – Satisfeita? Bebi tudo… já cresci mais cinco centímetros, eu bem que senti as pernas a esticarem!
A avó riu. Uma gargalhada alegre a grave. Riu como só Rose a conseguia fazer rir. Era igual ao pai. Era exactamente igual ao seu filho. A pressa de crescer, a alegria de viver. Os lábios cor-de-rosa, bem desenhados, o nariz arrebitado. Parecia-lhe que até o bigode que o leite havia deixado por cima dos lábios de Rose, era exactamente igual ao do seu filho.
Com o rosto carregado de tristeza, limpou o bigode da menina, e disfarçou.
Um dia também o seu “Pardalito” ia ganhar asas para voar. E ela ia sorrir. Ia sorrir como se não quisesse chorar.

sexta-feira, maio 13

Thank you III



Pela vento com cheiro a mar.
Pelo calor a cheirar a terra.
Pela simplicidade de amar e pela ambição de ser mais.
Sempre mais.

quarta-feira, maio 11

Impressões

Para ilustrar melhor.

Hoje fui ao cinema. E depois de muitos meses de jejum cinematográfico, resolvi tirar a barriguinha de misérias e regalar os olhinhos com o Chris Hemsworth numa versão EXTREMAMENTE loira e atraente e grande e …. (Cristo. O homem é enorme e giro que se farta!!! E é loiro. Muito loiro!)
Pronto. Fui ver o “Thor”.
Histerismo e maluqueira à parte, o filme é giro. Pautado por várias situações engraçadas e algum drama (não fosse a personagem principal o filho de um Deus, ter um irmão traidor, um pai zarolho mas bonzinho e conseguir ainda ser desterrado para o planeta Terra por ter sido abençoado com a puta da mania de ser campeão) o filme torna se ainda mais interessante com a presença de um dos senhores de Hollywood – Anthony Hopkins. Páh, eu adoro o homem. Adoro. E não há nada a fazer. Acho-o tão versátil e carismático que desconfio que ele era capaz de representar a Branca de Neve e ainda assim continuar a ser fantástico.
Por outro lado fiquei muito decepcionada com a Natalie Portman
Eu imagino que depois de se ganhar um Óscar seja difícil escolher em que filmes se deve participar ou não, uma vez que a oferta deve ser imensa. Principalmente se se ganhou esse mesmo Óscar depois de um brilharete como o dela no “Black Swan”. Mas desta vez a senhora fez borrada.
E nem lhe pediam para fazer muito, uma vez que o Loiro enchia o ecrã só com os músculos do peito.
Enfim, bloqueios de artista!  
Valha nos o Loiro.

quarta-feira, maio 4

terça-feira, maio 3

WishList II



Um farol.
Para morar, para amar.
Para ser feliz. Para te fazer feliz.
Para te fazer rir, para te deixar chorar.
Para mim. Para ti.
Para nos Iluminar.